domingo, 7 de novembro de 2010

De Ida e Volta

Fui vento a despentear
a copa da árvore, em flor.
Fui abelha que saiu a colher
a matéria prima do seu sabor.

Fui a pomba a zelar
os seus filhotes no ninho.
Fui o namoro sonoro,
no canto do canarinho.

Fui longínquo horizonte,
além da tela do computador.
Fiz uma viagem no tempo,
com o pensamento a favor.

Voltei a ser caneta na mão.
A tinta se realizou no papel.
Vivi a liberdade da linha
a se desvencilhar do carretel.

Redescobri a música
que há no balbuciar da criança.
Ela improvisa os seus carinhos,
ao distribuir beijos, qual esperança.

3 comentários:

  1. Muito linda!
    Você tem muito talento. Voltarei outras vezes!

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  2. Redescobrir a música que há no balbuciar da criança...

    Bom te ler, poeta!!!

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  3. "Nem matemática, ciência ou biologia. O que mais se aproxima do amor é a literatura.Talvez pela beleza dos poemas e pela leveza do encanto".

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