O que tu tanto procuras,
que não encontras a rodar?
Pra que tamanhas alturas,
se tu não aprendes a voar?
Veja que a vida precisa
de tua voz ativa a lhe falar.
Fale sobre o que te realiza,
que eu me realizo a te amar.
Lembre que toda semente
necessita de terra pra germinar.
Do amor que tu te ressente,
tem alguém que te ama a esperar.
Saiba do sopro dos ventos,
que inflam as velas pra te navegar.
Esqueça dos ressentimentos,
que não fazem mais que te sufocar.
Entenda o que diz a canção,
que tu passas o dia a cantarolar.
Não entendo essa contradição,
na qual te ajoelha, sem saber rezar.
Pois, de pouco ou nada valeria,
sobre tanto conhecimento teorizar,
sem ler o sentido de minha poesia,
que está em viveres nela a me praticar.
"Me praticar" é uma chave de ouro que encerra este poema tão bonito. Teorias a parte, de que valem teorias impraticáveis? E a poesia muitas vezes já é prática, não teoria, quando provoca alguma transformação direta e alquímica sem que precisemos ficar calculando e pensando no que que o poeta quiz dizer com isso. Diretamente, então, não é preciso fazer cálculos. Ou seria como uma piada que perde a graça se não entendida e explicada. É prá pegar na hora sem perseguir musas aflitas.
ResponderExcluirAbraço. Estou aqui e agora. :)
Pois é amigo, pratiquemos todo amor que há em nossas vidas! Um grande abraço!
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