Passados os medos,
presentes na apresentação,
eles reservaram futuros segredos
a uma melhor e mais oportuna ocasião,
onde saberiam se os efeitos dos seus torpedos
persistiriam além dos efusivos impulsos daquela paixão.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Clarice
Em toda minha tolice,
a dor maior é a timidez.
Nunca sei da minha vez,
nesta síndrome de crendice.
Veja quanta maluquice,
para descrever tua beleza.
Pois, quando está na mesa,
tu bem representa ser Alice.
Ainda que se medisse,
a minha real capacidade,
não se descobriria verdade,
no que por ti eu não sentisse.
Engana-me a meninice
que há no teu ar de mulher.
Tanto quanto, se eu te disser
que é falsa esta minha velhice.
Não chegarei à pieguice,
nos versos que planto agora,
mas quero colher, sem demora,
alimento para esta minha burrice.
a dor maior é a timidez.
Nunca sei da minha vez,
nesta síndrome de crendice.
Veja quanta maluquice,
para descrever tua beleza.
Pois, quando está na mesa,
tu bem representa ser Alice.
Ainda que se medisse,
a minha real capacidade,
não se descobriria verdade,
no que por ti eu não sentisse.
Engana-me a meninice
que há no teu ar de mulher.
Tanto quanto, se eu te disser
que é falsa esta minha velhice.
Não chegarei à pieguice,
nos versos que planto agora,
mas quero colher, sem demora,
alimento para esta minha burrice.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Utópico do Amor
Eu passaria
a vida a dizer,
do quanto amaria,
mais que amor a fazer.
Eu bem poderia
chegar a responder,
através de uma poesia,
o que do meu amor vai ser.
Talvez, algum dia,
ele venha se arrefecer.
Por ora, ele é a alquimia,
que faz dourado o meu viver.
Diferente da magia,
ninguém sabe esconder
o segredo de uma real alegria
que a pessoa não consegue conter.
Sem amar, eu não teria
justificativa a esse meu saber.
Se a ciência descobrir maior utopia,
a essa realidade, sempre irei me prender.
a vida a dizer,
do quanto amaria,
mais que amor a fazer.
Eu bem poderia
chegar a responder,
através de uma poesia,
o que do meu amor vai ser.
Talvez, algum dia,
ele venha se arrefecer.
Por ora, ele é a alquimia,
que faz dourado o meu viver.
Diferente da magia,
ninguém sabe esconder
o segredo de uma real alegria
que a pessoa não consegue conter.
Sem amar, eu não teria
justificativa a esse meu saber.
Se a ciência descobrir maior utopia,
a essa realidade, sempre irei me prender.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Ser ou não Ter
Que seja cantiga,
antes de cantada.
Que seja designa,
antes de designada.
Que seja maligna,
antes de amaldiçoada.
Que seja fadiga,
antes de fadigada.
Que seja briga,
antes de obrigada.
Que seja digna,
antes de indignada.
Que seja intriga,
antes de intrigada.
Que seja benigna,
antes de beneficiada.
antes de cantada.
Que seja designa,
antes de designada.
Que seja maligna,
antes de amaldiçoada.
Que seja fadiga,
antes de fadigada.
Que seja briga,
antes de obrigada.
Que seja digna,
antes de indignada.
Que seja intriga,
antes de intrigada.
Que seja benigna,
antes de beneficiada.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Do Amor à Poesia
A mão vazia
sobre teu peito,
ainda sob o efeito
do pulsar da poesia.
O amor emergia
do nosso mergulho,
no silencioso barulho,
onde se realiza a utopia.
A vida só se refazia,
nos sorrisos do depois,
em que a noite, a nós dois,
se transformava em claro dia.
O ardor da nossa alegria,
incalculável pelas pulsações,
mais descompassava os corações
do que qualquer uma outra viva fantasia.
sobre teu peito,
ainda sob o efeito
do pulsar da poesia.
O amor emergia
do nosso mergulho,
no silencioso barulho,
onde se realiza a utopia.
A vida só se refazia,
nos sorrisos do depois,
em que a noite, a nós dois,
se transformava em claro dia.
O ardor da nossa alegria,
incalculável pelas pulsações,
mais descompassava os corações
do que qualquer uma outra viva fantasia.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
À Leitora
Passeava minha vida,
a tatear nessa escuridão.
Ela se encontrava perdida
e te encontrou, minha paixão.
Agora, feliz eu te sigo.
Sempre penso em te falar,
que é pouco o que eu te digo,
como quem não soubesse parar.
O que alimenta meu dia,
em teu sorriso eu posso ver.
É a inspiração ao que a poesia,
em forma de amor, queira te dizer.
Nesse teu olhar, há brilho.
Como, no final do túnel, há luz.
A me iluminar o caminho que trilho,
teus olhos são a energia que me conduz.
À tua inteligência e vitalidade,
me tatuo em poema a flor da pele.
Diante tua beleza, me sinto à vontade.
Sou livro aberto, ao que tua leitura revele.
a tatear nessa escuridão.
Ela se encontrava perdida
e te encontrou, minha paixão.
Agora, feliz eu te sigo.
Sempre penso em te falar,
que é pouco o que eu te digo,
como quem não soubesse parar.
O que alimenta meu dia,
em teu sorriso eu posso ver.
É a inspiração ao que a poesia,
em forma de amor, queira te dizer.
Nesse teu olhar, há brilho.
Como, no final do túnel, há luz.
A me iluminar o caminho que trilho,
teus olhos são a energia que me conduz.
À tua inteligência e vitalidade,
me tatuo em poema a flor da pele.
Diante tua beleza, me sinto à vontade.
Sou livro aberto, ao que tua leitura revele.
sábado, 13 de novembro de 2010
Poética Balada
Era luz.
Era alto som.
Ao que me propus,
era curtir tudo de bom.
Fechei o saber.
Guardei a poesia.
O poeta saiu pra viver,
uma outra prática da teoria.
A lua, inebriada,
se fez nova esperança
e se insinuou na madrugada,
a seduzir o sol com a sua dança.
Era alto som.
Ao que me propus,
era curtir tudo de bom.
Fechei o saber.
Guardei a poesia.
O poeta saiu pra viver,
uma outra prática da teoria.
A lua, inebriada,
se fez nova esperança
e se insinuou na madrugada,
a seduzir o sol com a sua dança.
domingo, 7 de novembro de 2010
De Ida e Volta
Fui vento a despentear
a copa da árvore, em flor.
Fui abelha que saiu a colher
a matéria prima do seu sabor.
Fui a pomba a zelar
os seus filhotes no ninho.
Fui o namoro sonoro,
no canto do canarinho.
Fui longínquo horizonte,
além da tela do computador.
Fiz uma viagem no tempo,
com o pensamento a favor.
Voltei a ser caneta na mão.
A tinta se realizou no papel.
Vivi a liberdade da linha
a se desvencilhar do carretel.
Redescobri a música
que há no balbuciar da criança.
Ela improvisa os seus carinhos,
ao distribuir beijos, qual esperança.
a copa da árvore, em flor.
Fui abelha que saiu a colher
a matéria prima do seu sabor.
Fui a pomba a zelar
os seus filhotes no ninho.
Fui o namoro sonoro,
no canto do canarinho.
Fui longínquo horizonte,
além da tela do computador.
Fiz uma viagem no tempo,
com o pensamento a favor.
Voltei a ser caneta na mão.
A tinta se realizou no papel.
Vivi a liberdade da linha
a se desvencilhar do carretel.
Redescobri a música
que há no balbuciar da criança.
Ela improvisa os seus carinhos,
ao distribuir beijos, qual esperança.
sábado, 30 de outubro de 2010
Pretextos do Amar
Um verdadeiro amor
não é pronome possessivo
a quem, ao ser amado, se dispor.
É permuta de igual valor.
Mais do que um mero adjetivo,
será mescla de aromas numa só flor.
É frase com mais de um autor.
Quem ama, sabe que é substantivo.
Amar é redigir texto sem temer o revisor.
não é pronome possessivo
a quem, ao ser amado, se dispor.
É permuta de igual valor.
Mais do que um mero adjetivo,
será mescla de aromas numa só flor.
É frase com mais de um autor.
Quem ama, sabe que é substantivo.
Amar é redigir texto sem temer o revisor.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Velas Içadas
Não há ruína.
Não é tão ruim.
O que ora termina,
é o que reinicia a mim.
Soltei minhas velas.
Sou o veleiro que zarpou.
O mar me inspirará novas telas.
O triste mal amar, não me naufragou.
Ainda volta aquele vazio.
É uma nuvem que me faz chover.
É preciso enfrentar esse tempo bravio.
Um porto de amor verdadeiro hei de conhecer.
Não é tão ruim.
O que ora termina,
é o que reinicia a mim.
Soltei minhas velas.
Sou o veleiro que zarpou.
O mar me inspirará novas telas.
O triste mal amar, não me naufragou.
Ainda volta aquele vazio.
É uma nuvem que me faz chover.
É preciso enfrentar esse tempo bravio.
Um porto de amor verdadeiro hei de conhecer.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Azar do Amar
Visto meu luto.
O amor que jazia,
moribundo no peito,
finalmente descansou.
Não luto por causa
que me tenha perdido.
Amo. Só tenho a ganhar.
Vai que o amor me ganhe.
Cada pessoa, escolhe
a vida que quiser perder.
Ama só aquela que a si ame.
Não se ama pela conveniência.
O amor não é trampolim.
É algo que poderá ser sentido
só por quem não jogue ao amar.
Não se joga verde a colher maduro.
Não maldigo quem se traia.
Basta o vazio de quem pouco sente.
Mesmo inflamável, não infla qual o ego.
Que viva feliz, numa outra vida vazia, igual.
O amor que jazia,
moribundo no peito,
finalmente descansou.
Não luto por causa
que me tenha perdido.
Amo. Só tenho a ganhar.
Vai que o amor me ganhe.
Cada pessoa, escolhe
a vida que quiser perder.
Ama só aquela que a si ame.
Não se ama pela conveniência.
O amor não é trampolim.
É algo que poderá ser sentido
só por quem não jogue ao amar.
Não se joga verde a colher maduro.
Não maldigo quem se traia.
Basta o vazio de quem pouco sente.
Mesmo inflamável, não infla qual o ego.
Que viva feliz, numa outra vida vazia, igual.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Querer para Viver
Quero a noite de lua.
Quando não, a estrelada.
Quero ter a minha alma nua,
colada na alma da mulher amada.
As madrugadas infinitas,
serão as nossas constelações.
As nossas poesias serão escritas
com as tintas que colorem as paixões.
Quero gargalhar, aos versos,
canções de veludo ao seu ouvido.
Quero trazer à tona, seus ais imersos,
como se nunca antes os houvera sentido.
Seja o poema nosso de cada dia,
mais que um complemento ao viver.
Se a vida, lá fora, seca a flor da fantasia,
regaremos o amor, aos beijos, até adormecer.
Quando não, a estrelada.
Quero ter a minha alma nua,
colada na alma da mulher amada.
As madrugadas infinitas,
serão as nossas constelações.
As nossas poesias serão escritas
com as tintas que colorem as paixões.
Quero gargalhar, aos versos,
canções de veludo ao seu ouvido.
Quero trazer à tona, seus ais imersos,
como se nunca antes os houvera sentido.
Seja o poema nosso de cada dia,
mais que um complemento ao viver.
Se a vida, lá fora, seca a flor da fantasia,
regaremos o amor, aos beijos, até adormecer.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Clarão Escuro
Inicio no início.
Contínuo, continuo.
Principio no precipício.
Possuído, possuo.
Apego ao apego.
Acelero a aceleração.
Sossego o desassossego.
Termino a terminação.
Participo da partida.
Confundo a confusão.
Perco a perdida.
Presto à prestação.
Vicio no vício.
Habituado, habituo.
Começo o comício.
Inconcluso, concluo.
Contínuo, continuo.
Principio no precipício.
Possuído, possuo.
Apego ao apego.
Acelero a aceleração.
Sossego o desassossego.
Termino a terminação.
Participo da partida.
Confundo a confusão.
Perco a perdida.
Presto à prestação.
Vicio no vício.
Habituado, habituo.
Começo o comício.
Inconcluso, concluo.
domingo, 24 de outubro de 2010
Papo pra Lua
– Reparou na lua?
– Não! O que tem na lua?
– Nada.
– Então?
– Nada não. Esquece.
– Esquecer o quê?
– A falta de gravidade na lua.
– Nem isso tem lá?
– Não.
– Que tédio.
– Não! O que tem na lua?
– Nada.
– Então?
– Nada não. Esquece.
– Esquecer o quê?
– A falta de gravidade na lua.
– Nem isso tem lá?
– Não.
– Que tédio.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Lua de Primavera
A lua é cheia.
Ela me enche o olhar,
com um clarão que clareia,
além desta terra, além mar.
Eu fico abobado.
Silencio a minha vida.
Ao me sentir enluarado,
eu já não a sinto perdida.
Uma nuvem, a vagar,
ao seu redor serpenteia.
Ainda assim, é espetacular
esta visão que me tonteia.
Eu sou um privilegiado.
A plena primavera florida,
invento que sou namorado
dessa lua mulher, tão querida.
Ela me enche o olhar,
com um clarão que clareia,
além desta terra, além mar.
Eu fico abobado.
Silencio a minha vida.
Ao me sentir enluarado,
eu já não a sinto perdida.
Uma nuvem, a vagar,
ao seu redor serpenteia.
Ainda assim, é espetacular
esta visão que me tonteia.
Eu sou um privilegiado.
A plena primavera florida,
invento que sou namorado
dessa lua mulher, tão querida.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Às Viúvas do Chico
Eu quero mais
é ser o detestado
pelas fãs do Chico.
Não serei o cais,
a ser a ele comparado.
Menos ainda, serei rico.
Não somos iguais.
Ele viveu no passado.
No meu presente, não fico.
São diferentes sinais.
Ele, sequer foi torturado.
Eu, nunca que critiquei milico.
Não desfaço catedrais.
Respeito o que for sagrado.
O que desconheço, eu não critico.
Meus versos são gerais,
tanto quanto, sou apaixonado.
Mas, diante dele, não me classifico.
Não tenho laços parentais.
À academia, não serei convidado.
Ainda assim, eu bem que me comunico.
Vejo sentido, além das genitais.
Prezo a fidelidade de um par formado.
Pessoas não são drogas das quais me intoxico.
é ser o detestado
pelas fãs do Chico.
Não serei o cais,
a ser a ele comparado.
Menos ainda, serei rico.
Não somos iguais.
Ele viveu no passado.
No meu presente, não fico.
São diferentes sinais.
Ele, sequer foi torturado.
Eu, nunca que critiquei milico.
Não desfaço catedrais.
Respeito o que for sagrado.
O que desconheço, eu não critico.
Meus versos são gerais,
tanto quanto, sou apaixonado.
Mas, diante dele, não me classifico.
Não tenho laços parentais.
À academia, não serei convidado.
Ainda assim, eu bem que me comunico.
Vejo sentido, além das genitais.
Prezo a fidelidade de um par formado.
Pessoas não são drogas das quais me intoxico.
Tempo de Ensino
Ambos, sem tino,
um e outro covarde,
cada qual em seu lado,
travavam intensa batalha.
O corajoso menino,
alheio ao tenso alarde,
atravessou pelo gramado
com o seu chapéu de palha.
Era tempo de ensino.
À escola, já estava tarde.
Então, pensou preocupado:
Será que essa gente trabalha?
um e outro covarde,
cada qual em seu lado,
travavam intensa batalha.
O corajoso menino,
alheio ao tenso alarde,
atravessou pelo gramado
com o seu chapéu de palha.
Era tempo de ensino.
À escola, já estava tarde.
Então, pensou preocupado:
Será que essa gente trabalha?
Manifesto Poético
Um ser sem graça,
é esse de ser poeta.
A vida toda ele passa,
a pensar de forma seleta.
Ainda se fosse lido
como se bebe cachaça,
encontraria mais sentido
no ofício ao qual se abraça.
Vive-se o tempo feio
que nos corrói feito traça.
Corroeu a poesia, pelo que leio.
Poetas nunca serão cavalos de raça.
Os clássicos do passado,
certamente quebrariam a taça,
por terem o seu conteúdo recitado,
sem ser vivido além do busto na praça.
é esse de ser poeta.
A vida toda ele passa,
a pensar de forma seleta.
Ainda se fosse lido
como se bebe cachaça,
encontraria mais sentido
no ofício ao qual se abraça.
Vive-se o tempo feio
que nos corrói feito traça.
Corroeu a poesia, pelo que leio.
Poetas nunca serão cavalos de raça.
Os clássicos do passado,
certamente quebrariam a taça,
por terem o seu conteúdo recitado,
sem ser vivido além do busto na praça.
Alma de Rio
De alma partida,
deixe que eu parta.
Se o desamor descarta,
há que se seguir pela vida.
Eu já perdi a conta,
das estrelas que contei,
entre as tantas que apontei
e ela diz de não estar pronta.
Fala que quer ser feliz,
antes de aprender do amar.
Amor é estudo de não se adiar.
Quem ama, sempre será aprendiz.
Quiçá, ela aprenda por si.
Que um dia, se encha do vazio.
É nova toda água, a passar pelo rio.
A ficar sentado à margem, pelo leito segui.
deixe que eu parta.
Se o desamor descarta,
há que se seguir pela vida.
Eu já perdi a conta,
das estrelas que contei,
entre as tantas que apontei
e ela diz de não estar pronta.
Fala que quer ser feliz,
antes de aprender do amar.
Amor é estudo de não se adiar.
Quem ama, sempre será aprendiz.
Quiçá, ela aprenda por si.
Que um dia, se encha do vazio.
É nova toda água, a passar pelo rio.
A ficar sentado à margem, pelo leito segui.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Quimera de Amor
Se a lua me visse
por esta rua a estrelar,
diria que é uma tolice
essa moça não me notar.
Ela vive tão ocupada
e não pára um segundo.
Não seria a namorada,
deste reles vagabundo.
O amor é muito especial,
não sujeito a ser alternativa.
Quando tratado por banal,
viverá numa outra forma viva.
A vida sempre foi assim.
Não é de hoje essa quimera.
Enquanto o amor não tiver fim,
que finde uma e outra espera.
por esta rua a estrelar,
diria que é uma tolice
essa moça não me notar.
Ela vive tão ocupada
e não pára um segundo.
Não seria a namorada,
deste reles vagabundo.
O amor é muito especial,
não sujeito a ser alternativa.
Quando tratado por banal,
viverá numa outra forma viva.
A vida sempre foi assim.
Não é de hoje essa quimera.
Enquanto o amor não tiver fim,
que finde uma e outra espera.
domingo, 17 de outubro de 2010
Todo Sentido
O que tu tanto procuras,
que não encontras a rodar?
Pra que tamanhas alturas,
se tu não aprendes a voar?
Veja que a vida precisa
de tua voz ativa a lhe falar.
Fale sobre o que te realiza,
que eu me realizo a te amar.
Lembre que toda semente
necessita de terra pra germinar.
Do amor que tu te ressente,
tem alguém que te ama a esperar.
Saiba do sopro dos ventos,
que inflam as velas pra te navegar.
Esqueça dos ressentimentos,
que não fazem mais que te sufocar.
Entenda o que diz a canção,
que tu passas o dia a cantarolar.
Não entendo essa contradição,
na qual te ajoelha, sem saber rezar.
Pois, de pouco ou nada valeria,
sobre tanto conhecimento teorizar,
sem ler o sentido de minha poesia,
que está em viveres nela a me praticar.
que não encontras a rodar?
Pra que tamanhas alturas,
se tu não aprendes a voar?
Veja que a vida precisa
de tua voz ativa a lhe falar.
Fale sobre o que te realiza,
que eu me realizo a te amar.
Lembre que toda semente
necessita de terra pra germinar.
Do amor que tu te ressente,
tem alguém que te ama a esperar.
Saiba do sopro dos ventos,
que inflam as velas pra te navegar.
Esqueça dos ressentimentos,
que não fazem mais que te sufocar.
Entenda o que diz a canção,
que tu passas o dia a cantarolar.
Não entendo essa contradição,
na qual te ajoelha, sem saber rezar.
Pois, de pouco ou nada valeria,
sobre tanto conhecimento teorizar,
sem ler o sentido de minha poesia,
que está em viveres nela a me praticar.
O S da Questão
Sadismo de psique.
Sinceridade de claque.
Socialismo de butique.
Solidariedade de fraque.
Surrealismo de chilique.
Superficialidade de ataque.
Sedentarismo de alambique.
Suscetibilidade de destaque.
Sensacionalismo de cacique.
Sociabilidade de badulaque.
Sentimentalismo de trambique.
Sustentabilidade de almanaque.
Sinceridade de claque.
Socialismo de butique.
Solidariedade de fraque.
Surrealismo de chilique.
Superficialidade de ataque.
Sedentarismo de alambique.
Suscetibilidade de destaque.
Sensacionalismo de cacique.
Sociabilidade de badulaque.
Sentimentalismo de trambique.
Sustentabilidade de almanaque.
sábado, 16 de outubro de 2010
Samba ao Que Será
Sob o luar,
saí a compor,
sob o verbo amar,
um samba ao amor.
Nele vou dizer,
à mulher amada,
que no meu viver
ela tem sua morada.
Quando vier o frio,
quero ser o seu calor.
A todo tempo sombrio,
lhe serei arco-íris multicor.
Hei de ser o abrigo,
em cada nova chegada.
Mais que amante, amigo,
por toda e qualquer jornada.
No mais belo jardim,
em todo seu esplendor,
desabrocharemos, enfim,
em botões da mais linda flor.
saí a compor,
sob o verbo amar,
um samba ao amor.
Nele vou dizer,
à mulher amada,
que no meu viver
ela tem sua morada.
Quando vier o frio,
quero ser o seu calor.
A todo tempo sombrio,
lhe serei arco-íris multicor.
Hei de ser o abrigo,
em cada nova chegada.
Mais que amante, amigo,
por toda e qualquer jornada.
No mais belo jardim,
em todo seu esplendor,
desabrocharemos, enfim,
em botões da mais linda flor.
História sem Tempo
O tempo e a história,
pouco se encontravam.
Foi perdido na memória,
o que eles não lembravam.
No seu esquecimento,
o tempo, tranqüilo vivia.
A história, em seu intento,
de tudo, quase nada esquecia.
Sem qualquer espanto,
o amor não se concretizou.
Ficava cada um no seu canto
e a vida de ambos se desperdiçou.
pouco se encontravam.
Foi perdido na memória,
o que eles não lembravam.
No seu esquecimento,
o tempo, tranqüilo vivia.
A história, em seu intento,
de tudo, quase nada esquecia.
Sem qualquer espanto,
o amor não se concretizou.
Ficava cada um no seu canto
e a vida de ambos se desperdiçou.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Cinepoema
Eu mesmo é que
sou o protagonista
do filme de meu viver.
Nele, meu coração,
com suas batidas,
faz a trilha sonora.
Meu olhar possui
a melhor fotografia.
Através dele tenho
o enquadramento
da cena que eu quiser.
Assino a direção
necessária ao melhor
desempenho da trama.
Sou o coadjuvante
no figurino que produzo.
Traço o meu roteiro,
de acordo com a verba.
Deixo que o enredo,
conforme as circunstâncias,
seja de comédia, drama,
romance, suspense, ação
ou aventura, a me iluminar
para o final feliz, na tela
de quem melhor me assistir.
sou o protagonista
do filme de meu viver.
Nele, meu coração,
com suas batidas,
faz a trilha sonora.
Meu olhar possui
a melhor fotografia.
Através dele tenho
o enquadramento
da cena que eu quiser.
Assino a direção
necessária ao melhor
desempenho da trama.
Sou o coadjuvante
no figurino que produzo.
Traço o meu roteiro,
de acordo com a verba.
Deixo que o enredo,
conforme as circunstâncias,
seja de comédia, drama,
romance, suspense, ação
ou aventura, a me iluminar
para o final feliz, na tela
de quem melhor me assistir.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Enluarado
Sonhar, realizando.
Redescobrir que é cedo.
A vida nos ensina sem medo
O dia se modificando,
é um espetáculo de se ver,
assim que chega cada anoitecer.
Os pássaros se aninhando,
são a festa de qualquer arvoredo.
A natureza sabe viver e não faz segredo.
A lua nova está se mostrando.
Convida a quem souber de se enluarar,
ainda que não ao mundo a volta, a si, renovar.
Redescobrir que é cedo.
A vida nos ensina sem medo
O dia se modificando,
é um espetáculo de se ver,
assim que chega cada anoitecer.
Os pássaros se aninhando,
são a festa de qualquer arvoredo.
A natureza sabe viver e não faz segredo.
A lua nova está se mostrando.
Convida a quem souber de se enluarar,
ainda que não ao mundo a volta, a si, renovar.
Estórias Vivas
Quando me alieno,
encontro alguma razão.
Seria como beber veneno,
se passasse a sofrer em vão.
Nem só de real e ações
é feita nossa boa vontade.
Viver com algumas ficções,
poderá ser uma ótima realidade.
Que o diga a vasta literatura
que o mundo das letras oferece.
A todo mal que não se tenha cura,
há sempre algum bem que se esquece.
encontro alguma razão.
Seria como beber veneno,
se passasse a sofrer em vão.
Nem só de real e ações
é feita nossa boa vontade.
Viver com algumas ficções,
poderá ser uma ótima realidade.
Que o diga a vasta literatura
que o mundo das letras oferece.
A todo mal que não se tenha cura,
há sempre algum bem que se esquece.
sábado, 9 de outubro de 2010
Dúvidas Divididas
Bem ou mal,
é difícil se saber.
Nada haverá de igual,
a quem tiver um bem querer.
Para virmos admitir
a falta que faça alguém,
precisamos algo mais sentir.
Algo que qualquer um não tem.
Pois, aparenta um apego.
É comum se pensar, depois,
que poderá trazer desassossego
uma manifestação que envolva dois.
Então, seguimos a duvidar.
Entre as dúvidas, nos omitimos.
Sem encontrarmos certezas no amar,
certo que não será amor o que dividimos.
é difícil se saber.
Nada haverá de igual,
a quem tiver um bem querer.
Para virmos admitir
a falta que faça alguém,
precisamos algo mais sentir.
Algo que qualquer um não tem.
Pois, aparenta um apego.
É comum se pensar, depois,
que poderá trazer desassossego
uma manifestação que envolva dois.
Então, seguimos a duvidar.
Entre as dúvidas, nos omitimos.
Sem encontrarmos certezas no amar,
certo que não será amor o que dividimos.
Perdas do Tempo
O dia da criança
há de ser cada dia vivido
como se fora uma brincadeira.
A perda da confiança
é que faz nosso tempo perdido
nos por a perder por uma mera besteira.
há de ser cada dia vivido
como se fora uma brincadeira.
A perda da confiança
é que faz nosso tempo perdido
nos por a perder por uma mera besteira.
Tardes de Sol
Se a vida nublava,
a lhe roubar a fragrância,
no passado ela corria a beber
tardes em que o sol a iluminava
pelos doces caminhos da sua infância,
quando nem temia a chegada do anoitecer.
a lhe roubar a fragrância,
no passado ela corria a beber
tardes em que o sol a iluminava
pelos doces caminhos da sua infância,
quando nem temia a chegada do anoitecer.
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